CPI CEEE Equatorial e RGE
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Foto: Fernando Gomes / ALRS
O SENERGISUL participou, através do depoimento do presidente Antonio Jaílson Silveira, nesta segunda-feira, 22/09, da CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito da CEEE Equatorial e da RGE, onde sindicatos e autoridades realizaram diversas denúncias, destacando a precarização do trabalho e o aumento dos acidentes com os eletricitários, na sua maioria, empregados das empresas terceirizadas que prestam serviços ao Grupo Equatorial, atuantes no estado do Rio Grande do Sul.
Os principais problemas elencados: demissões em massa, após a privatização, dos funcionários da CEEE Distribuidora (atual Equatorial); substituição de profissionais técnicos e experientes/qualificados por terceirizados com treinamento deficitário e insuficiente; atrasos nos pagamentos de salários dos trabalhadores terceirizados; certificação de capacitação fraudulenta, fornecida por prestadora de serviço da Equatorial, dentre outras.
A suspeita de fraudes na formação de eletricitários no estado é apontada como possível causa da demora no restabelecimento de energia, principalmente em eventos climáticos severos, fato recorrente no RS.
O líder da Bancada do PT/PCdoB e Presidente da CPI, Miguel Rossetto, frisou a importância dos cursos de capacitação aos trabalhadores, citando o caso do profissional da CEEE Equatorial que ficou gravemente ferido, em decorrência de uma descarga elétrica. Rossetto também lembrou os 13 acidentes fatais nos últimos cinco anos: “Significa que nós estamos falando de um setor que acumula de forma impressionante e assustadora o número de mortes no ambiente do trabalho aqui no estado do Rio Grande do Sul. O que mostra, obviamente, uma gravidade que exige a nossa atenção”; “um sofisticado esquema de fraudes em certificados”; “De alguma forma isso explica o volume enorme de acidentes de trabalho e, infelizmente, acidentes fatais aqui no RS”.
Em sua oitiva, o presidente do SENERGISUL, Antonio Silveira, relatou o desligamento de mil trabalhadores na Equatorial, com excelente qualificação, vasta carga horária de treinamento: “Hoje são todos terceirizados e os trabalhadores não têm experiência, fazem curso básico, com carga horária muito aquém do necessário, muito diferente do que era na CEEE e do que é na RGE, onde precisa ter no mínimo um ano e meio de prática. Se não tiver esta prática ele precisa ficar sendo acompanhado por outro colega”; “O sindicato vem denunciando desde 2022. Pagamos notas "Apedido" em jornais, denunciando essa precarização”. Salientou a doação pelo sindicato de cestas básicas para trabalhadores de uma terceirizada, em razão do atraso de pagamento dos salários. Alguns estavam há dois meses sem receber. Afirmou que piorou muito após a privatização, pois a rede continua a mesma e alguns postes só estão de pé porque são mantidos pelos cabos, e disse ser uma política da Equatorial, pois fazem o mesmo em outros estados. Declarou que após a concessão da companhia, muitos terceirizados são contratados com um CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) diferente da sua atividade real, como da construção civil. Dessa forma, as concessionárias pagam salários menores do que o previsto em Lei.
O SENERGISUL SOMOS TODOS NÓS!
A Diretoria.
SENERGISUL - HÁ 83 ANOS AO LADO DA CATEGORIA ELETRICITÁRIA!
Fonte: SENERGISUL/ALRS
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